na distância do jardim


Este é o jardim que tenho para ti
Plantado em mares de passos tranquilos
Ladeado de escarpas vivas de carne sofrida
Alimentadas de sal de espuma de pólen de lírios alvos
Que balançam nas copas ondulantes das mansas vagas
Este é o jardim do mar do paço que tenho para ti
Onde semeio no espaço cantos surdos antigos
Povoados de murmúrios de soluços abafados
Que guardas na vigília do silêncio das noites brancas
Onde te agarras à memória da luz dos meus olhos para te guiar
Pergunta-me agora, onde guardei o perfume.

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