licor violeta

Lambo a chama
E saboreio o ardor que se passeia
Nos contornos onde o afago da língua o acalenta
E em gestos intermitentes valseia e adormece

Bebo-lhe o sumo, néctar quente
Acompanho entre volteios o interrupto trauteio
Aconchego os gestos no ondular de cambiantes
Do espectro licor violeta que me seduz e embriaga

Abraço o som com que me visto
E de um trago guardo a chama a luz a força e o sentido
Do meu destino parido em jeito gingado
No dengo, meneio, requebro e compasso,

Fintado laçado e feito para mim