Esqueço-me dos dias que conto em conto como contas de rosário
Aqueço-me no ventre da terra com que me cubro no vazio do silêncio
E quedo-me assim na lembrança do sabor do mel dum tempo que vivi
Repouso enfim o corpo dormente mergulhado no orvalho de um olhar
que teima em não se desviar e me diz para voltar
Faltam-me os espaços para os passos vacilantes no vazio do abismo
Quero voar