Vou pegar-te ao colo e embalar-te docemente
No brilho suspenso do pó das estrelas

Povoar os teus sonhos de nuvens de linho
Na transparência suave dos contornos do tear do teu corpo
Estreitar-te na languidez do macio do imenso céu e calmo Olimpo
Onde se espalha a matéria de que são feitos os teus sonhos

Guardarei o meu fogo na tua tenda do desejo
Região mistério desse espaço difuso entre finas linhas
Abraçadas no torpor da minha chama tecida em tela de vida
Padrão pulsante e vibrante com mesclas de luz de dor bordada
Na seda da malha com que te cubro o corpo abandonado

Vou pegar-te ao colo e embalar-te novamente
No lume aceso do brilho suspenso do pó das estrelas