Não travarei as margens e propor-lhe tréguas
Apenas esperarei sem luta que se deixem vencer

Vou travar a asfixia, a morte lenta e impotente,
Que assiste sem saída à voz implacável e forte
Queda e incapaz, com olhos vestidos de medo
Ante o brilho trocista de águas fartas e sussurrantes

Não, não travarei as margens
Numa luta inútil duma guerra que não pedi
Vestir a mortalha enleada no lodo de águas turvas 
E mergulhar no fundo escuro sem fundo duma brancura sem fim

Quero sossegar na mansidão das águas brandas
Procurar o lago manso de águas claras
E deixar-me embalar até adormecer
nos finos fios da luz do som ondeante do seu m(c)anto

Não, não travarei as margens, o encanto,
Apenas esperarei (s)em luta que se deixem convencer