no 11 de abril o que viram os meus olhos


Eis-me aqui na partilha deste momento que fizeste questão de dizer que o tornaste possível para nos poder proporcionar.
Só o fazias por nós. Assim era para ti, mais nosso do que teu.
Para ele estava já conquistado mesmo sem a comemoração.
Todo aquele cerimonial era-nos carinhosamente oferecido.
Cuidei para que estivesse bem à tua altura, disse-to. Resmungaste carinhosamente qualquer coisa como; “Deixe-se disso, mãe”.
Caminhamos quase nervosamente para a catedral e no átrio encontramos já alguns pares que cumprimentaste quase cerimoniosamente e me prestaram a igual e devida vénia.
Percorremos as galerias cruzando-nos com um cem número de quadros negros resplandecentes de júbilo que iluminavam o espaço e que em breve se nos juntaram na enorme nave prontos para assistir ao ofício diante do coro onde doutos haviam já tomado o lugar no altar-mor e iniciavam a celebração.
Houve ainda espaço para cumprimentos entre os quadros e profundos negros, antes do canto litúrgico sob a forma de ritual formal elaborado.
Chegado o momento central da celebração a liturgia deu lugar à consagração onde chamados um a um os 253 vultos juraram o compromisso da sua honra diante dos cerca de 600 fiéis, familiares e amigos, onde se assistia à transubstanciação do esforço e sonho no corpo do documento agora entregue.
Vibramos no clamor e no brilho do momento, vestimos todos a veste negra que nos abraçava no conforto do veludo macio da noite mais calorosa.
Em mim a invadir-me aquela forte sensação do abraço da vida a premiar-me. Sentido de dever cumprido? Não é bem isso. Isso dito assim parece-me mais um fim de caminho, e está longe de o ser.
Apaziguava-nos o destino feito fato à medida do sonho, executado no rigor do estreito cumprimento das tuas directrizes.
- Fica-te bem filho, usa-o com a devida cerimónia.