Quando o calor de um dia aquece todos os nossos dias


sinto-me abençoada


Sinto-me abençoada porque te tenho meu filho.
Porque contigo alcanço a luz das estrelas
A paz das noites mais iluminadas
O brilho das madrugadas de esperança
És a luz dos meus dias mais sombrios ...
A quietude das marés nos mares mais turbulentos
A plenitude dos momentos na soma dos meus dias
Porque te sei seguro na retidão da jornada que prossegues
Com a chama, a firmeza e a clareza com que abraças os ideiais, com que pautas o caminho.
Acompanho-te com fé e de olhos fechados
Porque te sei firme nas escolhas e na conquista da descoberta do futuro que fazes teu.
Neste teu dia tão especial te abraço
Porque me sinto abençoada, porque te tenho meu filho.
Parabéns meu amor



2019-11-17

Viagem Interior - momentos - o meu filme

Deixo contigo as memórias
 







No teu dia


Frágil e forte
teimosamente agarras as flores e o perfume da vida e contrarias o tempo
frágil e forte seguras o leme
E vences os dias as noites os mares e os desertos
Timoneiro, marinheiro, da glória do tempo que contrarias ...
E na garra, na luta, na febre de viver
Na dor, na sede, e na raiva de cumprir
Os dias as noites os mares e os desertos
Agarras as flores e o perfume da vida
e te fazes forte, te fazes frágil
Doce, amargo, deus, herói e viandante
Senhor do tempo que é teu



2019-02-26

não pedi o sol


Não meus filhos, não pedi o sol

Não meus filhos, não pedi a lua

Só falei da vontade de ter também um papel

Daqueles que inventaram e dizem que és o que já és

 

Perguntaram então porque só agora

Perguntaram também, porquê tão tarde

 

Então respondi que o papel que diz que sou o que já sou

Não me faz quem sou, porque já sou.

E assim, não importava quando tinha que ter o que já tinha

Não importava o porquê de ter de ter o que já tinha, para ser o que era

 

Falei-lhes então do sol, que guardava a fogo dentro do peito

Das chamas de acácia, a deixar sair o perfume rubro pelos poros

Dos sons e cheiros que povoam as nossas estórias de vida

Da pele da terra que se nos colava ao corpo e vos deixei de herança

 

Das marcas e contornos das notas e timbres de cor

Dos licores e aromas quentes que me vinham das raízes

com que exalava a vida com volúpia e me sustentam

Dos sabores brandos de bálsamo com que vos fiz ver o mundo

 

Responderam então que cheguei tarde

Porque não havia, nem rei nem rainha, nem deus nem deusa, soba quimbanda ou matriarca

que pudesse conceder tal dádiva.

Não o sol, não a lua, mas algo superior

o papel que agora inventaram que diz que sou o que sou

 

Só que ninguém sabia ainda

Que eu tinha herdado da terra o poder maior

De guardar na alma o sol rubro de acácia resgatado a todos os dias felizes

E a lua de prata em notas de azul sobre o corpo de todas as noites iluminadas

 

Assim vos deixo meus filhos esta coroa de glórias

Sagradas no tempo do nosso império de memórias

 

E quando chegar esse tal papel, guardem na memória temporária

 

 

 
Ontem recebi este presente que me encheu a alma com superagudas únicas
linguagem de força e doçura, tal como no amor
o bom sabor do improviso executado com mestria no uso de todos os instrumentos
Arturo tomou conta de uma sala grande e de todos os corações
e levou-nos para o palco com ele


Ontem no CCB