Vou-te fazer a corte
Fazer-me teu dote e jogar á sorte
emprestar-me sem pejo e dar-te glória
fazer-me teu trunfo e tua vitória
e conte ou não conte
a memória
Vou-te fazer a corte
Vou-te fazer a corte sem recato
desfazer o embrulho, enfeitar o corpo e sem rubor
refinar o porte desfazer o laço e em desacato
desferir o golpe que corte sem temor
as rédeas do tempo que é tempo de amor
Vou-te fazer a corte
Nos triunfos teus saborearei os meus
As glórias tuas dedicarei a Deus
Os doces momentos que vivam então
n o espaço inteiro da minha razão
Vou-te mesmo fazer a corte
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