Claro que ninguém conseguiu prender a lagrimita que saltava
do peito, mais do que dos olhos. Esses, bebiam sôfregos a beleza do momento onde
eras rainha, enquanto escutávamos os cânticos de todo o cerimonial que te
comprometia diante de todos os que quiseste juntar para testemunhar o teu ato
solene que marcava a tua nova etapa.
O sol quase se encolhia diante do calor
que vocês irradiavam e nos aquecia.
Toda a beleza envolvente cuidadosamente
escolhida, abraçava-nos apesar do vento que diante dos deuses dos elementos
teimou também assistir e não quis perder o momento.
Ficamos então presos à
belíssima história dos elásticos invisíveis de que o tio fez memória e também ao que se fez sentir no emocionante
sentido fraterno da história que se seguiu e que nos trouxe a partilha de novos
laços do teu par, que passaram a ser também memória.
Senti então a firmeza que me falava a história quando abri o
portão de onde irradiava já o cheiro da memória.
No pequeno campo de prata que tinhas emoldurado para cada um, estendia-se um pequeno hectare do cafezal que
preservaste e que fizeste questão de passar, falando assim ao coração, mesmo
àqueles que ainda não tinham podido fazer parte desta história que tornaste de
todos.
Foi aí que os elásticos invisíveis me falaram que a força que tinham
vinha de ti.
Já só restávamos meia dúzia para um brinde que coube numa só
mesa, ao vosso brilho feito nosso, quando o mais velho do teu par falou com
propriedade, enquanto os olhos meigos da esposa o abraçavam na cumplicidade,
que o que mais gostara, foi ver família, mesmo família.
A nós aquecia o coração, de ver passado o testemunho.
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