Círculo
todo o caminho é belo se cumprido.
ficar no meio é que é perder o sonho.
é deixá-lo apodrecer, no resumido
círculo, da angústia e do abandono.
é ir de mãos abertas, mas vazias,
de coração completo, mas chagado.
é ter o sol a arder dentro de nós,
cercado,
por grades infindas…
culpa de quem, se fiz o que podia,
na hora dos descantes
e das lidas?
ah! ninguém diga que foi minha!
Ah! ninguém diga…
minha a culpa,
de ter dentro do peito,
tantas vidas!...
Alda Lara
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2 comentários:
Cheguei há pouco de uma sessão de cantigas com poemas de ALDA LARA...
Coincidência?
Beijo.
Mesmo, Maria...
Cruzamo-nos por acaso nesta rua.
Falava de Alda com o Zé a quem dediquei o poema, que regressava de Braga e me trazia notícias que vinham do segundo amor de Orlando de Albuquerque após a morte de Alda. Assim busquei o caminho que me levou ao Círculo.
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