deixar correr o marfim

de novo o tapete verde estendido na sala
a tentar prender todas as atenções

e desta não foi propriamente, mais uma forma certeira
de deixar correr o marfim
esta foi amplamente, e a meu ver
a contragosto de muitos,que a faziam ligeira,
uma empresa de longe, carregada de emoções

enquanto algo maior acontecia,
lá ao cimo no mayombe
mais abaixo e numa outra dimensão,
algo de novo se fazia anunciar,
agora já com uma outra intenção
a perder enfim a atenção
de jogadores(de bancada)decerto mais distraidos

de novo o tapete verde estendido na sala
algo novo em travo amargo, desnunado de direito,
contrafeito, a contragosto e a descompasso
de novas eras de mudança
vestidas com frescas matizes de esperança

desta feita certamente, e sem grande inspiração
na contradição, revolução, constituição
vão encarnar o fado negro e deixar correr o marfim

3 comentários:

Maria disse...

O CAM está a 'mexer' muito contigo...
:)))
Também torci por Angola até hoje. Foi o ponto final.

Um beijo.

viajantes disse...

Maria,
Torço, torço sempre por Angola
Desta com o tapete verde como mote.
Ontem não foi só mayombe
mas um certo amargo de boca em torno de direitos,constitucionais, claro. Mas até que ponto, pergunto, assiste o direito à palavra a um mero jogador de bancada?

El Drac disse...

Eu amigo direito constitucional fórceps sempre ser cumpridos, no entanto, a regra do poder do dinheiro, é quase impossível de justiça. Um abraço.