A propósito da conversa doce do nosso sábado, queria dar-vos este miminho que em tempos publiquei no blogue.
Na altura enquanto vocês efusivamente punham no colo da mesa as vossas questões mais quentes, eu viajava pelas também minhas inquietações e veio-me à memória um recado que deixei em jeito de poesia aproveitando dois pilares para servirem de apoio, o neto e o ary.
falavam de identidade...
Aqui vos deixo os meus pensamentos com muito carinho que acho que cabem aqui.
...
Na altura enquanto vocês efusivamente punham no colo da mesa as vossas questões mais quentes, eu viajava pelas também minhas inquietações e veio-me à memória um recado que deixei em jeito de poesia aproveitando dois pilares para servirem de apoio, o neto e o ary.
falavam de identidade...
Aqui vos deixo os meus pensamentos com muito carinho que acho que cabem aqui.
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também para os demais que acompanharam o doce momento, e aos ausentes para vos aguçar o apetite do proximo momento desta nossa passagem de testemunho
almas feitas cravos rubros em chamas de sul
Fiz-me nascida de dois pais, pares a par
hoje vista de maneira diferente,
mas mesmo assim com outros muitos olhos de mau ver.
Traziam consigo a natureza de mãe que me não pariu
mas vincaram-me o legado deste ser de mim.
Feita desta feita só hoje me reconheci
este mim que hoje faz ver-se com outro olhar.
Perguntaram-me ventos do sul de onde és
e os do norte o que és afinal
e a todos respondi o que o pai do norte me ensinou:
Não!"Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui...!"
assim com o verso do soneto presente que me alimentou me aquietei.
Eis então que os olhos e as bocas do sul se escancaram
e de esguelha me encurralavam perguntando
E quem és afinal? para onde vais? o que esperas tu?
e a todos respondi o que o pai do sul me ensinou, agora com o recado da alma de ventos do norte:
o que quereis vós, que alvíssaras vos hei-de dar?
"Não me peçam sorrisos ... as honras cabem aos generais...
...num novo catálogo, mostrar-te-ei o meu rosto
coroado de ramos de palmeira, e terei para ti os sorrisos que me pedes"
Assim feita de dois pais a par, ary e neto se colaram
em almas feitas cravos rubros em chamas de sul
deixando recados selados sagrados de almas gémeas
"...Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu", pois é assim chegada a hora "...de juntos marcharmos corajosamente para o mundo de todos os homens"
Com excertos de poemas:Ary dos Santos e Agostinho Neto
almas feitas cravos rubros em chamas de sul
Fiz-me nascida de dois pais, pares a par
hoje vista de maneira diferente,
mas mesmo assim com outros muitos olhos de mau ver.
Traziam consigo a natureza de mãe que me não pariu
mas vincaram-me o legado deste ser de mim.
Feita desta feita só hoje me reconheci
este mim que hoje faz ver-se com outro olhar.
Perguntaram-me ventos do sul de onde és
e os do norte o que és afinal
e a todos respondi o que o pai do norte me ensinou:
Não!"Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui...!"
assim com o verso do soneto presente que me alimentou me aquietei.
Eis então que os olhos e as bocas do sul se escancaram
e de esguelha me encurralavam perguntando
E quem és afinal? para onde vais? o que esperas tu?
e a todos respondi o que o pai do sul me ensinou, agora com o recado da alma de ventos do norte:
o que quereis vós, que alvíssaras vos hei-de dar?
"Não me peçam sorrisos ... as honras cabem aos generais...
...num novo catálogo, mostrar-te-ei o meu rosto
coroado de ramos de palmeira, e terei para ti os sorrisos que me pedes"
Assim feita de dois pais a par, ary e neto se colaram
em almas feitas cravos rubros em chamas de sul
deixando recados selados sagrados de almas gémeas
"...Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu", pois é assim chegada a hora "...de juntos marcharmos corajosamente para o mundo de todos os homens"
Com excertos de poemas:Ary dos Santos e Agostinho Neto
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